O edifício escolar encontra-se situado na zona sul do recinto e está estruturado em dois blocos de dois pisos de salas de aula (ala norte e ala sul), unidos num dos seus extremos por uma unidade de serviços, dos quais se destacam o PBX, a papelaria, a sala do aluno, o refeitório, o bar, a reprografia, o auditório, a sala de professores, a sala de diretores de turma, o GAAF, a sala da direção, uma sala de reuniões e a biblioteca. No piso 0, há 11 salas de aula e, no piso 1, 21 salas de aula, 2 seminários e 2 salas de apoio. A norte do recinto escolar encontra-se o campo de jogos e o ginásio. É de salientar que em todas as salas de aula existe um computador e um projetor, equipamento disponibilizado no âmbito do PTE.
Coordenador de Estabelecimento: António Germano Nunes (Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.)
Localização: Rua D. Martinho Castelo Branco - Portimão
Contactos: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. - Tel. 282 470140
BLOGUE DA BIBLIOTECA JAIME PALHINHA
PATRONO DA ESCOLA
D. Martinho Vaz de Castelo Branco Valente nasceu em Lisboa em 1461 e faleceu no seu palácio do Limoeiro, em 1531. Era filho de Gonçalo Vaz de Castelo Branco, 1º senhor de Vila Nova de Portimão, por mercê de D. Afonso V, e de sua mulher Brites Valente.
Do casamento de D. Martinho com Mécia de Noronha, filha de João Gonçalo da Câmara, 2º capitão donatário do Funchal, e de sua mulher Maria Noronha, nasceriam três filhos: D. Gonçalo, que lhe deveria suceder no título, mas que morreu jovem e solteiro; D. Francisco, que lhe sucedeu na Casa, mas não no título; e o ilustre D. João.
Em 1495, com 34 anos, D. Martinho assumiu por vontade de seu pai a gestão do senhorio de Vila Nova de Portimão, recebendo os mesmos direitos senhoriais do seu progenitor e do seu donatário antecessor, o almirante Rui Afonso de Melo, assim como outros bens que a sua Casa possuía no Algarve, sendo provável que aqui tenha residido com alguma regularidade. A atestar o interesse posto nos seus domínios de Portimão está o facto de ter mandado reparar e pintar a casa da Câmara e a cadeia e de ter erigido solar rural nas imediações.
Por falecimento de seu pai, D. Gonçalo, por volta de 1500, D. Martinho herda os seus cargos e mercês e fixar-se-ia na Corte onde assume a dignidade de alto funcionário régio.
Embora o rei D. Manuel tivesse prometido fazê-lo conde, por Carta datada de28 de Maio de 1504, ano da atribuição do Foral à vila, parece que por contendas palacianas D. Martinho só beneficiará desta mercê dez anos depois, isto é, em 1514, altura em que será feito 1ºconde de Vila Nova.
Segundo consta na sua lápide funerária, sabe-se que com apenas quinze anos D. Martinho esteve ao lado de seu pai nas batalhas da guerra de Toro, em 1476, conflito que D. Afonso V tentou pôr no trono castelhano a sua mulher D. Joana, a Beltranaja.
Com 62 anos, D. Martinho chefiou a armada e a embaixada extraordinária que levou a Sabóia a Infanta D. Beatriz (filha de D. Manuel), que foi casar com o duque Carlos III, soberano daquele estado.
Na Corte serviu quatro reis: vedor da Fazenda de D. Afonso V, D. João II e de D. Manuel, Governador de Lisboa, Almirante (como seu pai), regedor das Justiças e governador da Casa do Cível.
D. Martinho seria também herdeiro e senhor do morgado da Póvoa de Santa Iria, terra onde há também uma Escola do Ensino Básico 2,3 Dom Martinho Vaz de Castelo Branco.
(…)
Figura também de cultura, o conde D. Martinho foi imortalizado como poeta e trovador no célebre Cancioneiro Geral, de Garcia de Resende (1516). Foi também autor de um livro de linhagem sobre a sua estirpe, onde descreve a entrada da infanta D. Beatriz em Sabóia, quando do seu casamento (…).
Segundo os genealogistas foi também perito na arte equestre e no jogo de canas. Sabe-se ainda que foi protector de Gil Vicente (c.1465-1536) e terá convivido com os maiores poetas e trovadores do seu tempo, ao lado dos quais foi imortalizado no famoso Cancioneiro.
Glosa do Conde de Vila Nova a este mote duma senhora
Deixai-me para que chore minha dor.
Tristezas, e desfavor
Acabai, ou acabai-me,
E se não quereis, deixai-me,
Para que chore a minha dor.
Dai-me um pouco de vagar,
Não mais que para poder
Em minha vida cuidar,
Por que sei como me lembrar.
Me podeis vós esquecer.
E se cuidais que é favor
Isto que peço, matai-me
E se não quereis, deixai-me
Para que chore a minha dor.
* in, Sampaio, José Rosa “O 1º Conde de Portimão, D. Martinho de Castelo Branco (1461-1531)” – Portimão – 2006.